21 de mai. de 2010


Durante o I Seminário do Museu D. João VI - EBA-UFRJ, uma ocupação/intervenção propõe a apropriação e diálogo com o Museu a partir da reflexão crítica e poética de artistas pesquisadores pós-graduandos em Artes Visuais.

No encontro entre os artistas e a instituição se ressaltam as diferenças e se promovem os contatos. No Museu D. João VI, dedicado à preservação e divulgação da memória do ensino artístico, transparecem o modelo de ensino europeu e o estatuto do artista que se estabeleceram no Brasil a partir século XIX. No olhar dos artistas que nele intervêm, a aparente liberdade contemporânea e a possibilidade de particularizar, modificar e ressaltar sentidos vê o espaço museológico como matéria construtiva em sua complexidade histórica, simbólica e memorial.

No diálogo, obra e museu se re-significam. A interferência das obras transforma o significado e a percepção do espaço, sentidos e acervo, da mesma maneira que as obras expostas mostram-se atreladas a especificidade deste lugar.

A aproximação com os artistas destaca e relativiza as aparentes tensões e dicotomias entre tradição e contemporaneidade, mostrando possibilidades de trocas e contatos e acentuando a importância da atualização do Museu D. João VI como espaço de conhecimento acerca do ensino artístico e da história da arte no Brasil.

Marina Menezes

Doutoranda em História e Crítica PPGAV . EBA . UFRJ

maio/2010

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